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Job Crafting: Você não precisa largar tudo para ficar em paz com seu trabalho

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Reflexões sobre como ter paz (de novo) com o seu trabalho

Em Paz com o seu trabalho

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  • Foto do escritor: Gisele Vidal
    Gisele Vidal
  • 2 de jan. de 2024
  • 4 min de leitura

Pensando em largar o trabalho

As redes sociais estão cheia de histórias de profissionais que largaram tudo para ser empreendedores e/ou, viajar em uma Kombi por um ano ou mesmo que tornaram-se nômades digitais e agora ostentam fotos na piscina junto a seu laptop.


Os anos de pandemia também trouxeram muitas reflexões a respeito da função do trabalho nas nossas vidas e, portanto, não dá para passar a maior parte do tempo trabalhando e sujeitando-se a práticas corporativas abusivas que afetam a saúde mental ou mesmo atuando por muito tempo em algo que você não goste. 


Apareceu também fenômeno da "Grande Resignação” tomando forma dos Estados Unidos: um êxodo em massa de trabalhadores buscando novas oportunidades de trabalho corporativos que atendam suas necessidades, bem como empreender ou apenas fazer uma pausa na carreira para se atualizar.


Você já parou para refletir sobre o impacto de todas essas informações em como lidamos com nossas frustrações com o trabalho?


Em um dado momento, eu também já “larguei tudo”, abri mão de uma carreira consolidada em uma empresa multinacional para mudar completamente de profissão. Hoje sou consultora nas áreas de Carreira e Liderança, migrei da Engenharia para a área de Desenvolvimento Humano e do regime CLT para um trabalho autônomo. 


Então, é bem comum que quem conhece minha história e se vê a volta com tantos estímulos para "largar tudo", quando me procura, inicialmente tende a achar que precisa "largar tudo" e fazer uma mudança radical também.


Será que mudanças bruscas são realmente necessárias?


Pelo menos por aqui, nas minhas consultorias individuais, a maioria que chega com essa ideia de “largar tudo” e fazer mudanças radicais, muda de ideia no meio do caminho. Isso, porque entre outras coisas:


  1. Percebem e aprendem que podem ressignificar o trabalho atual, fazer pequenos ajustes ou lidar melhor com si mesmo e suas emoções. 

  2.  Não desejam “pagar o preço” das grandes mudanças, que incluem muitas vezes fazer um planejamento financeiro robusto, ficar sem remuneração enquanto um se reestabelece na nova profissão, ou mesmo falta energia para começar do zero outra carreira e estudar. 

  3. Entendem que neste momento grandes mudanças não são possíveis por questões familiares, financeiras ou de cuidados de outra pessoa. 

  4. Percebem que empreender ou realizar um trabalho autônomo não é para elas, já que a segurança de um salário fixo no mês ou pertencer a um grupo de trabalho é realmente muito importante. 


Se não quero ou dá para “largar tudo”, então o que eu faço? 


Job Crafting pode ser uma alternativaÉ um processo de estratégias proativas para mudar as características do trabalho, alinhar trabalho com suas necessidades, objetivos e habilidades pessoais. É autoiniciado e pode ser beneficiado se acompanhado de um profissional de desenvolvimento humano. 


É um conceito, que ainda que não muito difundido, foi desenvolvido para ajudar com o bem-estar do indivíduo e pode proporcionar resultados positivos também para as organizações já que deixa os funcionários mais engajados com seu trabalho.



Ferramentas para lidar com seu trabalho

Quais são os tipos de Job Crafting ? 


Essa teoria vem sendo estudada desde 2001 e alguns autores como Wrzesniewski, Dutton e Brunning nos sugerem algumas rotas práticas. 


 1. Expansão de papéis no trabalho: inclusão de novas atividades não originalmente contidas no seu escopo de trabalho visando maior desenvolvimento ou melhor uso de suas habilidades. Exemplo: Gestor do departamento financeiro que se interessa por desenvolvimento de pessoas aceita ser mentor de estagiários de outra área.


 2.  Mudanças nos relacionamentoscriação de novos relacionamentos ou buscar formas de ter interações mais agradáveis e significativas. Exemplos: estabelecer uma rede de apoio informal com funcionários de outro setor ou melhorar comunicação com pares para gerenciar conflitos.


 3.  Redução de papéis: de forma consciente, encontrar formas de diminuir esforços na hora de trabalhar ou reduzir funções ou atividades. Exemplos: encontrar formas mais eficientes de realizar um projeto ou delegar algumas atividades para uma empresa terceirizada. 


 4.  Organizar e gerir melhor o seu trabalhoorganizar melhor seu ambiente físico e mental. Exemplos: Organizar um sistema de documentação ou modelos para suas atividades padrões, planejar e criar listas de tarefas para gerenciar atividades, otimizar seu espaço físico.


 5. Adotar novas tecnologias ou modelos diferentes de trabalho. Exemplos: automatizar tarefas para aumentar precisão e uso eficiente do tempo, estabelecer uma gestão de projetos visual com comunicação assíncrona.


 6.  Metacogniçãoencontrar sentido no seu trabalho atual e autogestão de estados psicológicos. Exemplos: preparar-se ativamente e mentalmente para uma tarefa futura, priorizar tarefas e gerenciar estados emocionais quando os objetivos mudam. 


 7.  Remoção/ retirada física: excluir-se de situações ou de relacionamentos que não agreguem a seus objetivos. Exemplos: retirar-se mentalmente ou fisicamente de contextos de trabalho para evitar problemas desnecessários ou ter um espaço sozinho para trabalhar melhor em suas demandas


E como aplico na prática? 


As seguintes etapas e reflexões podem ser aplicadas para modificar o seu trabalho ou como você lida com ele: 


1.  Analise seu trabalho atual: tipos de tarefas, energia demandada para trabalhar e como tem se sentindo no geral. 


2.  Faça uma análise pessoal: quais são seus pontos fortes, motivações pessoais, obstáculos organizacionais ou tensões no trabalho.


3.  Gere ideias e propostas de job crafting . Lembrando que você não precisa fazer isso sozinho e pode contar com ajuda profissional. 


4.  Desenvolva o seu plano de ação de como aplicar essas intervenções e discuta com seu gestor para aplicar ideias que beneficiem você e a empresa.


Você acha que o Job Crafting pode ser para você?


Eu sou Gisele Vidal, Consultora de Carreira e Liderança e ajudo os profissionais a ficarem em paz (de novo) com o seu trabalho. Minhas consultorias individuais ajudam você a se conhecer melhor, integrar vida pessoal e carreira, lidar com o seu contexto atual de trabalho e usar seus recursos internos e externos. Agende um bate-papo se quiser saber um pouco mais por aqui. 

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Leitura:

4 min

Publicação:

2 de jan. de 2024

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